De Púcon à Licanray
Saímos do Pucón depois de 4 dias, acabamos atrasando um pouco a viagem, mas valeu pela diversidade de experiências, deixamos a bela cidade pra trás e seguimos em frente, era bom estar pedalando de novo, em nosso planejamento o objetivo era ir de Pucon a Villarica e de lá até Panguipuli, mas como já havíamos subido o Vulcão resolvemos pular a cidade de Villarica e ir até Licanray, mas no caminho resolvemos tentar um atalho fora da estrada principal, para sair do meio dos carros e acabamos pegando umas estradinhas de rípio.
Do rípio já falamos, parece ser assim, eles tem muita pedra no Chile, então nas estradas de terra eles passam com um caminhão e despejam pedras, não sei se para os carros é bom, talvez no inverno, com tudo cheio neve, mas para nós de bike é um sofrimento. Temos que ir devagar, prestando atenção em cada pedra, desviando, por várias vezes derrapamos e quase caímos.
Fomos tentando achar o caminho e acabamos fazendo algumas idas e vindas, voltamos pra pista chegando em Licanray cansadxs e estressadxs, acabamos pedalando 61 km, numa velocidade média de 9,5 km/h, demorando 6h28.
Fomos em direção a praia, encontramos um hotel que tinha um javali empalhado na entrada, entramos pensando em comer, mas o cozinheiro só chegava de noite, perguntamos se podíamos ficar por ali na internet até o cozinheiro chegar, achamos o preço caro para ficar hospedados, mas aproveitamos o Wifi.
Uma praia bonita, demos uma volta vendo as pessoas curtindo o lago.
As informações que tínhamos era de um Camping na entrada da cidade, mas conversando com um atendente, ele nos disse que havia um Camping bem próximo dali, isso nos animou, o cozinheiro chegou e acabamos finalmente jantando.
Pedalamos procurando o local, chegamos na praia grande e não achamos, perguntamos para uma moçadinha que passava, um dos meninos correu até a praia atrás de um homem que passava correndo, ele veio e nos orientou a voltar que já havíamos passado por ele. Voltamos e achamos o local, um Camping de uma comunidade religiosa, a moça que nos atendeu disse que era só para os fieis da comunidade, mas que abria uma exceção para nós (infiéis), falou que a água quente já estava desligada, mas ligava para nós (infiéis), mas nos deu um preço tão alto que nos arrependemos de não ficar no hotel. Foi o Camping mais caro da viagem, ficamos logo na entrada do Camping, na primeira área, tomamos banho quente e fomos dormir na maior ventania.
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